Alunos e professores paralisam atividades na escola Adauto Bezerra em busca de melhorias estruturais

01/11/2024

A insatisfação com as condições estruturais da escola Governador Adauto Bezerra culminou na paralisação das atividades na quinta-feira, 24. A decisão foi tomada pelo conselho escolar, composto por alunos e professores, que relatam dificuldades diárias em um ambiente de ensino comprometido pela falta de infraestrutura.

O calor intenso nas salas de aula é um dos principais pontos de reclamação, afetando diretamente o processo de ensino-aprendizagem e, em alguns casos, a saúde dos estudantes. A comunidade escolar exige a instalação de centrais de ar-condicionado em todas as 11 salas de aula, além de outras melhorias essenciais como a construção de um refeitório, vestiários, um auditório, um centro de multimídia, laboratórios e a conclusão de um ginásio esportivo que se arrasta em obras há 15 anos.

Após a primeira semana de paralisação os professores acordaram retomar na próxima em meio período. No turno da tarde os docentes aplicarão atividades pedagógicas diferenciadas.

Resposta/rebate

A Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede-16) e a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) afirmaram que estão atentas às demandas da escola, relatando investimentos de mais de R$ 427 mil em reformas e adequações. Além disso, foi anunciado um aporte de R$ 1,2 milhão para a construção do ginásio, com inauguração prevista para 2025. Contudo, a resposta não foi suficiente para acalmar os ânimos da comunidade escolar, que critica a instalação de ventiladores como uma solução inadequada, afirmando que eles apenas circulam ar quente e agravam o desconforto.

A direção da escola recebeu a nota da Crede como resposta às reivindicações, mas o conselho escolar rechaçou as informações contidas no documento, alegando que a realidade é bem diferente do que foi exposto. Segundo os professores, o “refeitório reformado” mencionado não passa de um espaço improvisado no pátio, e não há vestiários adequados, especialmente para as alunas. O ginásio esportivo, que deveria ser uma realidade há 15 anos, sendo nesse período as aulas de Educação Física realizadas em espaços improvisados.

“Não temos um auditório como a nota afirma, as reuniões são feitas em salas de aula normais. E o Centro de Multimeios, que deveria ser uma biblioteca modernizada, é apenas uma sala de aula improvisada com algumas mesas e livros espalhados”, lamentou André Façanha, professor da instituição.

SEDUC

Procurada pela reportagem, a SEDUC não se manifestou após a decisão de paralisação.

A escola tem 47 anos de história e oferece ensino em tempo integral há quatro anos. A reportagem em conversa com a direção de ensino disse que há uma expectativa de que em 20 dias a subestação de energia seja instalada e nas próximas semanas a garantia da colocação das centrais de ar nas primeiras salas.

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