Rogério Gomes
Correspondente em Fortaleza
Os bastidores da política cearense já começam a fervilhar de olho na disputa eleitoral de 2026. Serão eleitos novo presidente da República, governador do Ceará, duas vagas para senadores no Estado, deputados federais e estaduais. Sem dúvida, a disputa pelo Senado deve ser uma das acirradas, com tantos pré-candidatos em busca de um mandato de oito anos. Estarão em jogo as vagas dos atuais senadores Cid Gomes (PSB) e Luís Eduardo Girão (Novo).
E o acirramento se dá dentro do próprio arco de aliança governista com vários nomes buscando protagonismo para ser o candidato em 2026. Cid Gomes diz não ser candidato à reeleição e defende o nome do deputado federal Júnior Mano (PSB), com boa articulação junto a prefeitos no interior do Ceará. Entre as lideranças governistas, que se encontraram recentemente no Palácio da Abolição, em Fortaleza, o desejo é que Cid Gomes dispute novamente a vaga para o Senado. A avaliação é que Cid tem forte liderança no interior e não teria dificuldades para buscar uma reeleição.
Mas dentro da base governista há nomes fortes como os deputados federais Eunício Oliveira (MDB) e José Guimarães (PT). Este último com forte liderança na Câmara dos Deputados. O empresário Chiquinho Feitosa (Republicanos) também já manifestou desejo de concorrer ao Senado. O secretário da Casa Civil do Governo Elmano de Freitas, Chagas Vieira (Sem partido), e a deputada federal e ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), também está no páreo.
O ministro da Educação e senador licenciado Camilo Santana (PT) opinou que o PT deverá ter o nome do atual governador Elmano de Freitas na disputa pela reeleição. Assim, as vagas de vice-governador e para o Senado poderão contemplar partidos aliados. Tudo deve evoluir com as articulações.
Na oposição, nomes também surgem para concorrer ao Senado: Danilo Forte (União), Pastor Alcides Fernandes (PL) e agora a vereadora de Fortaleza, Priscila Costa (PL). Entre os bolsonaristas, a ideia é fazer pelo menos um senador no Ceará. O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro diz que uma das metas eleitorais do PL é fazer uma bancada forte no Senado para contrapor ações dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Cabe ao Senado analisar pedidos de impeachment de ministros do STF.
Para a disputa do Governo do Estado, Elmano de Freitas (PT) investe em alianças com prefeitos no interior. Recentemente, o prefeito de Iguatu, Roberto Filho, anunciou que passa a integrar a base do atual governador. Isso também aconteceu em Quixadá com a adesão do atual prefeito Ricardo Silveira, anteriormente na oposição.
Pelo lado da oposição, muitas dúvidas ainda. O ex-prefeito Roberto Cláudio anunciou filiação ao União Brasil. Mas precisa convencer o PL a ser o candidato ao Governo do Ceará. Entre bolsonaristas, o nome deveria ser o atual senador Luís Eduardo Girão, mais ligado ao ideal conservador. Há também os que desejam que o candidato seja o ex-ministro Ciro Gomes, ainda no PDT. À imprensa, Ciro tem dito que não será candidato a nada em 2026. A conferir.
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