Criadores têm até final do mês para vacinar rebanho bovino contra aftosa

06/11/2021

Criadores de rebanhos bovinos e bubalinos com idade até dois anos devem vacinar os animais nesta segunda etapa da campanha contra a febre aftosa. A expectativa é de que o Ceará alcance o status de ‘Estado Livre de Aftosa Sem Vacinação’ em 2023.

A campanha começou na segunda-feira, 01, e segue até o final deste mês. Em Iguatu, a procura pelo imunizante nas lojas especializadas ainda é tímida. “Estamos com bom estoque de vacina no refrigerador, esperamos vender nos próximos dias. Normalmente nessa primeira semana praticamente não vendemos muito, mas de uma vez por outra aparece sempre um comprador”, afirmou o vendedor Jailton Maia, que trabalha em uma loja agropecuária, no centro da cidade.

O agricultor Wilson Moreira, que mora na zona rural de Acopiara, tem um rebanho com mais de 120 cabeças de gado, desse total vai ter que vacinar nessa fase 35 animais, até dois anos de nascidos. “Eu sempre compro logo após a primeira semana da campanha. É importante vacinar os animais. Vou comprar em breve as doses suficientes para vacinar meus animais”, disse.

O Ceará tem cerca de 2,7 milhões de bovinos e bubalinos. Nesta fase, são cerca de 950 mil animais que devem ser vacinados. No núcleo da Agência de Desenvolvimento Agrário em Iguatu – ADAGRI estão cadastrados 176 mil bovinos, desse total 55.600 devem receber uma dose da vacina. O agricultor Moacir Silva vai ter que vacinar 6 dele. “Eu sempre acompanhei todas as campanhas de vacinação. Inclusive já comprei a vacina, vou vacinar neste final de semana. Na segunda-feira, já venho declarar a vacinação. É uma segurança pra gente. Espero que os outros também façam o mesmo” contou.

Meta

Mesmo aquele criador que não tem animal para ser vacinado nessa etapa da campanha contra a febre aftosa, deve fazer a atualização do cadastro. Ele pode comparecer ao escritório da ADAGRI, na Secretaria de Desenvolvimento Agrário, ou mesmo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. O Ceará na primeira etapa da vacinação realizada neste ano alcançou o índice de cobertura de apenas 89%, mesmo após a prorrogação do prazo da campanha entre maio e junho, chegando próximo à meta mínima definida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA, que é de 90% de cobertura. A expectativa é que o Ceará e outros estados da região Nordeste se tornem livre da doença sem a obrigação da vacinação, em 2023.

“Depende muito dos índices alcançados até lá. Por isso a gente apela mesmo que os criadores, vacinem o quanto antes seus animais, façam a declaração. Não esperem até o final do prazo para vacinar os animais até mesmo para evitar transtornos e contratempo, como até mesmo aconteceu ano passado quando chegou a faltar vacina”, ressaltou Vanessa Chaves, veterinária da ADAGRI, ressaltando ainda que o criador tem o prazo de 15 dias após a vacinação para apresentar a declaração de vacinação. A declaração pode ser feita pelo site do portal do produtor, ou mesmo na ADAGRI, Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Ematerce e Sindicato Rural.

 

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