De zero votos a mais votos que dez eleitos, mas fora do parlamento: o antagonismo das eleições em Iguatu

11/10/2024

Na recente eleição para a Câmara Municipal de Iguatu, Marconi Filho (UB), que ocupa o cargo de vice-presidente na legislatura atual, surpreendeu ao não conseguir a reeleição, mesmo obtendo 1.389 votos, número superior ao de 10 dos vereadores eleitos. A disputa evidenciou a complexidade do sistema proporcional, que muitas vezes não reflete a quantidade de votos individuais recebidos por cada candidato.

A eleição também trouxe à tona a curiosidade sobre dois candidatos, Lula Barros (PDT) e Rui Oliveira (UB), que receberam zero votos.

Em suas redes sociais, Marconi expressou gratidão pelo apoio recebido durante a campanha. “Saio desse processo fortalecido pela confiança, apoio e carinho que recebi de cada um de vocês ao longo dessa jornada. Agradeço imensamente a todos que estiveram ao meu lado. Sigo firme nos meus propósitos e com a certeza de que, juntos, construímos algo maior. O futuro sempre reserva novas oportunidades e eu continuarei trabalhando, de forma honesta e dedicada, para o bem da nossa comunidade”, comentou.

Dr. Wellington (PSB), que foi eleito pelo quociente partidário com 761 votos, ficou atrás de cinco candidatos não eleitos no quesito número de votos. A realidade destaca a complexidade e, muitas vezes, a frustração do eleitorado, que ver candidatos com muitos votos não conseguirem uma cadeira, enquanto outros, com menos apoio popular, garantem seu lugar na Câmara.

Já os candidatos que não tiveram o próprio voto no processo, afirmaram que abriram mão de suas candidaturas durante o pleito para apoiar colegas de partido. Curiosamente, Rui, mesmo sem votos, garantiu a possibilidade de ocupar a 12ª suplência do partido União Brasil na Câmara local.

192 candidatos

Iguatu registrou 192 candidaturas para o cargo de vereador, com 23 delas não alcançando sequer 20 votos. O sistema proporcional utilizado nas eleições brasileiras foi um fator determinante para esses resultados. O quociente eleitoral, que é calculado dividindo o total de votos válidos pelo número de cadeiras disponíveis, é a chave para entender essa dinâmica.

 

Entenda

Por exemplo, em uma cidade com 1.000 votos válidos e 9 vagas, o quociente eleitoral seria de aproximadamente 111 votos por cadeira. Isso significa que, ao votar em um candidato, o eleitor contribui para que seu partido ou coligação conquiste mais cadeiras, e não necessariamente para a eleição direta daquele candidato específico.

A eleição em Iguatu é um reflexo da dinâmica política do Brasil, onde a quantidade de votos nem sempre se traduz em uma cadeira garantida.

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