O Departamento Municipal de Trânsito – Demutran tem intensificado as fiscalizações e orientações para proprietários e criadores de animais de médio e grande porte que insistem em ‘soltar’ animais por ruas e avenidas da cidade.

No curral da autarquia, esta semana pelos menos cinco equinos foram retirados das ruas. “Mas semana passada chegamos a recolher 29 vacas de um só criador. O que mais nos preocupa é que são reincidentes. A gente recolhe, orienta, eles pagam uma taxa, mas acabam insistindo em soltar os animais. Sabemos que não é permitida a criação desses animais em vias públicas. Recentemente aconteceram dois acidentes envolvendo animais, uma na rua dos Quixelôs e outro no Altiplano. O que a gente quer é evitar isso: acidentes envolvendo animais e veículos”, ponderou Jackson Barbosa, diretor de Trânsito do Demutran.

A maioria dos animais capturados são equinos, burros e jumentos, mas com o período de inverno tem aumentado também a presença de ovinos, caprinos e até bovinos, não só em bairros periféricos, mas até mesmo nas proximidades do Centro. “Tem aumentado a denúncia de populares de vários bairros da cidade. Temos uma equipe com quatro profissionais, que atuam na apreensão pelo menos três vezes por semana, mas estamos à disposição todos os dias, isso porque têm aumentado as ocorrências, infelizmente. Temos que agir para evitar principalmente acidentes envolvendo animais soltos”, ressaltou.

Responsabilidade

O diretor afirmou que foi enviado para Câmara Municipal um projeto de lei para aumentar a taxa de pagamento pela liberação do animal, além de estipular uma cobrança diária para cada animal apreendido. “A gente entende que não é proibida a criação de animais, mas sabemos que em vias e espaços públicos não é permitida. Infelizmente é reincidente a apreensão de animais. Atualmente só é pago uma taxa. Os animais recebem todos os cuidados, têm água e comida à disposição, e quando preciso atendimento veterinário. Esse projeto é que seja criada uma taxa diária e um aumento para criadores reincidentes que tiverem animais apreendidos. Isso com o intuito que essas pessoas se conscientizem e tenham mais responsabilidade com a criação dos animais”, afirmou Barbosa.

Os animais apreendidos são recolhidos para o curral do órgão. O período permitido para estadia dos animais é de até 30 dias. Depois desse prazo o tutor dos animais pode perder a posse dos bichos. A taxa de pagamento para liberação é de R$ 28,00 por animal. Em caso de incidência, essa taxa aumenta de valor. “Pedimos a ajuda desses criadores para não soltar os animais em área urbana. Os criadores devem manter seus animais em áreas seguras”, finalizou Barbosa.