A iniciativa surgiu a partir da necessidade identificar os espaços do bloco onde o IFMaker está localizado, no laboratório multidisciplinar. Assim, Marcus Vinícius e Yuri Costa, estudantes do 6º semestre do curso de bacharelado em Ciência da Computação, do Instituto Federal de Ciências e Educação, campus de Iguatu, desenvolveram o projeto de sinalização acessível orientado pelo coordenador do curso professor Emannuel Diego.
Vinicius e Yuri, que têm algumas experiências com a máquina de corte a laser, resolveram fazer testes com portas que seriam descartadas pelo campus. A ideia deu tão certo que o projeto expandiu e passou a incorporar também a sinalização dos ambientes das unidades Areias e Cajazeiras. Além disso, as placas passaram a incluir também informações Braille e Libras, com apoio e orientação do Núcleos de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE). “Iniciou basicamente para construir as identificações do nosso bloco IFMaker que conta com vários laboratórios. A gestão do campus achou muito interessante e resolveu generalizar para outros ambientes do campus e a gente vem produzindo essas placas com as identificações também em Braile e Libras”, destacou o professor Emannuel Diego, ressaltando o empenho dos estudantes que tem motivado outros alunos. “O Yuri e o Vinicíus estão comigo desde o início do IFMaker, e assumiram a função de monitores. Eles me ajudam e coordenam esse projeto, inclusive na orientação de outros, supervisionando outras atividades de extensão que a gente vem fazendo, recebendo escolas de outros municípios por exemplo, ministrando cursos sobre impressão 3D e outros cursos”, contou o professor.
Inovação, criatividade e a cultura
O projeto integra os objetivos do IFMaker, laboratório multidisciplinar que promove inovação, criatividade e a cultura faça você mesmo. “O IFMaker vem com esse objetivo de oferecer à comunidade externa a possibilidade de ter contato com tecnologias que anteriormente ao nosso projeto seria inacessível, também proporcionando à comunidade interna ferramentas e equipamentos importantes para produção de pesquisas científicas. O IFMaker como também abrange outras áreas, aqui é uma porta aberta para um curso de extensão que geralmente tem nas nossas disciplinas. A gente consegue mudar de aluno para professor, elaborar aulas, planejar os cursos, interagir com as pessoas, com alunos”, disse o estudante Yuri Costa.
Além do desenvolvimento técnico, os dois estudantes têm atuado como instrutores em cursos e oficinas promovidas no laboratório, ampliando a formação prática dos participantes. O IFMaker atua como espaço de desenvolvimento de projetos nas áreas de computação, eletrônica, mecânica e serralheria, recebe a participação de estudantes de diferentes cursos, incluindo Química e Geografia. O laboratório também oferece capacitações como cursos de impressão 3D e oficinas para visitantes externos.
Cultura maker
A cultura maker se sustenta na ideia do “Faça Você mesmo” e do “aprender fazendo”, que incentiva as habilidades do indivíduo em criar, fabricar, consertar e modificar objetos com as próprias mãos. Na educação, utiliza-se a filosofia do “Movimento Maker” para promover atividades e ambientes de ensino que sejam estimulantes e desafiadoras. Assim, o estudante torna-se protagonista do seu próprio processo de aprendizagem ao desenvolver projetos e buscar soluções de problemas por meio da colaboração entre grupos.
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