Evento transformou territórios ribeirinhos de Iguatu com ações culturais, leitura e valorização comunitária
A noite desta sexta-feira, 13, foi marcada por emoção, música, arte e celebração coletiva com a culminância do Festival Ribeira de Leitores, que ao longo da semana movimentou os bairros Vila Neuma e Vila Moura com uma intensa programação cultural. O encerramento do projeto aconteceu na Avenida Amália Brasil, em frente à Escola Alba Araújo, reunindo moradores, artistas, educadores e crianças em um verdadeiro encontro de resistência e afeto por meio da leitura e da cultura.
O Festival Ribeira de Leitores promoveu um encontro entre cultura e comunidade, reafirmando o direito de todos ao acesso à arte e à leitura como ferramentas de transformação social.
Com apoio do Ministério da Cultura, da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e da Prefeitura Municipal de Iguatu, o festival promoveu atividades em diversos espaços públicos e comunitários das duas localidades, entre eles o CEI Proares, os CRAS dos bairros atendidos, a Escola Alba Araújo e a Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Foram dias de contação de histórias, apresentações teatrais, oficinas de incentivo à leitura, música, brincadeiras e muitas rodas de conversa.
As ações levaram um sopro de esperança e pertencimento a territórios historicamente marcados pela ausência de políticas públicas consistentes e por altos índices de vulnerabilidade social. A leitura, a arte e a presença comunitária foram as protagonistas de uma semana que ficará marcada na memória das crianças e famílias que participaram do projeto.
Força das comunidades
Marciana Lopes, coordenadora e idealizadora do festival, comemorou o envolvimento da comunidade. “O que vimos aqui foi a força das comunidades quando são olhadas com carinho e respeito. A arte tem esse poder de transformar o que parece esquecido em lugar de potência. Encerramos essa jornada com o coração cheio e a certeza de que essa semente vai florescer ainda mais”
Durante a culminância, apresentações culturais de artistas locais, performances de alunos das escolas envolvidas e uma grande ciranda de leitura tomaram conta da avenida. Famílias inteiras se reuniram para assistir, participar e se emocionar com o que foi construído coletivamente ao longo da semana.
Para a dona de casa Maria Lucileide, moradora da Vila Neuma, a experiência foi única: “A gente nunca tinha visto tanta coisa bonita aqui no bairro. Meus filhos participaram de oficinas, leram livros que nunca tinham pegado antes. Foi tudo muito lindo. Espero que venham mais projetos assim pra cá”.
Com o encerramento do festival, a organização agora avalia novas ações para manter viva a proposta de aproximar os livros e as manifestações artísticas das periferias e das margens do rio Jaguaribe – espaços de vida, resistência e potência criativa.
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