A primeira semana da reabertura das atividades comerciais foi marcada com baixas nas vendas para o setor lojista, que espera um aumento gradativo nas vendas nos próximos dias. Apesar da movimentação nas ruas, as lojas estavam praticamente vazias nessa nova etapa de reabertura do comércio em Iguatu. Neste final de semana, portanto, hoje, sábado e amanhã domingo, os segmentos ditos não essenciais, conforme decreto do governo cearense, devem permanecer fechados, com vendas apenas por delivery. O Ceará permanece também com toque de recolher, das 20h às 5h durante toda semana.
As medidas determinadas pelo governo com “abre e fecha”, segundo muitos lojistas, têm prejudicado muito o segmento. E mesmo com as lojas abertas, nem mesmo as variedades de produtos, ofertas na redução de preços e mais prazo para pagamento atraiu consumidores. Em muitas lojas, os vendedores esperavam os consumidores. “O cliente que entra é bem disputado. Mas nem todos compram. Entram na loja, olham e voltam sem levar nada. Mas esperamos dias melhores”, projetou a vendedora Aparecida Silva.
Durante o período em que a loja estava fechada nessas últimas semanas por conta das medidas de isolamento social mais rígidas, as vendas caíram em torno de 50%. “A gente já não estava vendendo. Podia vir no centro pra ver o deserto. Tivemos que fechar por um mês, as vendas caíram e muito. A venda por delivery para o segmento de moda é bem diferente. Nem todo mundo gosta. Agora esperamos ir voltando a vender de novo”, ressaltou Natália Araújo, gerente administrativa.
Em Iguatu o comércio funciona das 8h às 14h, seguindo todas as medidas sanitárias e com 25% da capacidade de atendimento. A reabertura do comércio é vista com boa expectativa por representantes da categoria. “Desde o início da pandemia que o setor varejista tem cumprido todas medidas de acordo com as recomendações das autoridades em saúde. As empresas estão cumprindo os protocolos de prevenção à covid-19”, ressaltou Francisco José Mota Luciano, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL de Iguatu.
O setor de alimentação fora de casa também sentiu uma forte queda nas vendas, principalmente em pequenos restaurantes e lanchonetes no centro que dependem do movimento do comércio para vender. “Nosso público é formado por aquela pessoa que vem do sítio, de outra cidade. A venda por delivery pra gente não compensa, quase a gente não vende nada. Se a gente já limpava, higienizava tudo, com essa pandemia aumentaram ainda mais nossas medidas de segurança. Esperamos que essa situação passe logo”, pontuou Gerlândia Ferreira, dona de restaurante.
Muitas pessoas ainda sentem medo de ir ao centro. “Eu só saí de casa para ir ao banco porque não tem como deixar de ir. Nem sabia que o comércio estava aberto. Mas eu sinto mais segurança dentro de uma loja, do que mesmo numa fila de banco. Ali é aglomeração de verdade, o povo não respeita. Eu cobro mesmo e reclamo do distanciamento. Na loja a gente vê que tem álcool à disposição, pessoal tudo de máscara, as lojas são amplas, arejadas”, ponderou a dona de casa Marluce de Souza.
0 comentários