Moradores e comerciantes do Cajueiro ficam ilhados quando chove

12/02/2022

O período de chuvas também serve para alertar sobre cuidados necessários para evitar transtornos para quem mora em áreas de risco ou que sofrem com alagamentos. Em Iguatu, esse é um problema antigo, não só comum para áreas do Centro, como costuma ser registrado quando há precipitações, mas até mesmo para bairros novos, que deveriam já surgir com infraestrutura adequada para evitar esse tipo de transtorno.

O Loteamento Cajueiro é um desses locais. A cada período da estação de chuvas, moradores sofrem com esses problemas, várias ruas do bairro ficam alagadas, outras praticamente intransitáveis, como é a situação da Rua 6, umas das mais críticas. Motoristas, ciclistas e motoqueiros enfrentam muitos riscos para passar pelas ruas do bairro quando chove. “É uma rua problemática, cheia de buracos. Quando chove, ninguém vê nada. A gente passa com cuidado para evitar até mesmo cair, sofrer um acidente. Porque é buraco em cima de buraco. A gente que faz entrega por aqui, já redobra os cuidados principalmente quando chove”, afirma o comerciante Alexandre Manoel.

Dona Bernadete Neves, que mora no bairro há seis anos, sabe bem o que é isso. A casa dela fica justamente na Rua 6. “Não tem estrutura nenhuma essa rua. Pra gente que sonhou em ter uma casa, um lugar da gente pra ter um sossego na vida, enfrenta isso o ano todo. Além da buraqueira e poeira, no período de seca, quando chove ficam essas poças de lama na frente da casa. Fora isso a gente tem que limpar a casa várias vezes ao dia. Nem numa calçada a gente pode sentar, por correr o risco de ser enlameada ou ser atropelada. Quando por aqui passa moto, passa bicicleta e até carro tentam subir as calçadas para não passar pelos buracos. É uma situação triste. A gente espera que olhem pra gente”, lamenta.

Sem solução

O bairro fica uma área nova, em expansão. Mas cresce com muitos problemas, um deles a falta de saneamento básico. “Não é só a gente não que sofre com isso não. Praticamente todas as ruas têm problemas. Esgoto que escorre o ano todo, buraco para todo lado nas ruas, quando chove os problemas pioram. A gente que tem um comércio perde até clientes. Pessoal não tem como chegar. Além disso, a gente que tem que entrar e sair de carro, de moto é levando lama e doença para dentro de casa. Pode perguntar a qualquer morador daqui pra você ver que o testemunho é o mesmo. Já teve gente que comprou casa e foi embora, porque as crianças sequer têm o direito de brincar numa rua com essas condições precárias”, ressalta a empresária Larissa Melo, cobrando por melhorias para o bairro, afirmando que já procuraram a prefeitura por diversas vezes, mas até agora nenhuma solução definitiva foi tomada.

Prefeitura

Marcos Ageu, secretário de Habitação, Desenvolvimento Urbano e Acessibilidade de Iguatu, explicou sobre a situação. “A gente está até preparando um relatório tanto do loteamento Cajueiro II como de outros loteamentos do nosso município que a gente identificou que foram concebidos e alguns deixam a desejar no que diz respeito ao atendimento à legislação, mas a gente está preparando esse relatório exatamente para encaminhar ao Ministério Público e responsabilizar não só a empresa que fez o loteamento, mas os responsáveis pela autorização na época. O prefeito Ednaldo já acertou para voltar ainda no final de fevereiro a Brasília para fazer a assinatura do contrato empréstimo com a CAF (Corporação Andina de Fomento). A gente espera que seja resolvido de forma definitiva com a construção de um canal de escoamento de água”, explicou o secretário.

 

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