Era por volta das 16h50 desta sexta-feira, 07, quando a van da funerária Ethernus estacionou em frente ao cemitério Senhora Santana, na Rua 07 de setembro. Foi recebida com chuva, como se fosse a última homenagem. Chegava de Fortaleza após uma viagem de cinco horas. Conduzia ali o féretro de Maria Amália Maia Lima Verde. A filha ilustre de Iguatu, que estava voltando para casa.
Amália foi acometida da Covid-19 e não teve tempo de vencer a doença. Faleceu aos 84 anos, por volta das 19h30 da quinta-feira, 06, no hospital Otoclínica, na capital, onde estava internada desde 28/04. Antes de fazer sua última viagem, o corpo foi velado na funerária Ethernus, em cerimônia reservada para a família e amigos.
Filha de tradicional família iguatuense, teve como pais Meton de Alencar Maia e Zuíla Cavalcante Mendonça, nasceu em 05 de agosto de 1936. Foi professora em seus anos de juventude, e quando contraiu matrimônio tornou-se exemplar esposa, mãe, avó e tia. Sua partida inesperada remete a um sentimento brusco de saudade e lembranças da mulher caridosa, generosa e de tantos amigos. ‘BABABA’, seu apelido carinhoso, era alegria por onde passava. Uma mulher festiva, animada e que adorava música. Na juventude se destacava por sua beleza ímpar e simpatia, bem como pelo carisma e amplo relacionamento social.
Legado
Casada com o historiador Wilson Holanda Lima Verde, Amália Maia e seu companheiro de 50 anos de vida matrimonial viveram um amor emoldurado, algo para guardar eternamente. Da união nasceram um casal de filhos, o arquiteto Wilson Maia Lima Verde (Wilsinho) e a fonoaudióloga Zuíla Maria Maia Lima Verde (Zuilinha). Dos dois filhos nasceram seus netinhos mais amados: Luana, Leonardo, Lara, Vitória, Eduarda e Lucca. Amor pela família era algo incondicional para Amália Maia. Assim, ela adotou com muito amor seu genro e nora, como verdadeiros filhos, Eduardo de Moura Ferreira e Mariana Tavares da Rocha Lima Verde. Era para a família que ela vivia. Sua essência de mulher, esposa, mãe, avó, sogra, amiga e companheira se transformou em algo muito raro para os padrões atuais.
Despedida
Amália e o esposo Wilson Lima Verde ficaram por quase um mês em Iguatu. Foram conduzidos para Fortaleza quando descobriram que estavam com a Covid. A casa da família na Rua Santos Dumont, imóvel de nº 514, será sempre a memória viva dela. Mesmo morando na capital já há um bom tempo, era para aquele endereço onde sempre Amália voltava. Devota de N. Senhora de Fátima e Senhora Santana, não perdia por nada os festejos de maio, e em julho, da padroeira da cidade.
Em Iguatu, no cemitério de Senhora Santana, em cerimônia também reservada aos familiares e alguns amigos, nos últimos instantes, antes de ser sepultada, o filho Wilson Maia conduziu uma oração pela mãe. Rezou Pai Nosso e Ave Maria. Wilsinho agradeceu à mãe por tudo que ela fez pela família e disse que o amor entre eles jamais acabará. “A senhora sempre será nossas melhores lembranças. Vá em paz, minha mãe”, declarou.
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