Os “jênios” da crítica política problematizadora social

07/08/2021

 

“A sociedade de massas é por definição o fim da civilização. Bolsões de vida inteligente sobrevivem a duras penas”.
Paulo Francis

 

Não, você não é politizado por tão somente repetir os chavões ocos da militância esquerdista. Você só é, no máximo, um papagaio manobrado facilmente pela onda do ridículo e medonho “espírito revolucionário”. O revolucionário, aliás, já é por si coisa própria de menino; figura carimbada da mesmice quando se é imaturo, quando se é, invariavelmente, um tolo rebelde. Mas tal mentalidade não funciona quando crescemos intelectualmente e, portanto, deixamos pra trás essas coisas de menino.

Perceba, preclaro leitor, os perfis dessa gente nas redes sociais – são vergonhosos em suas postagens “lacradoras”. Observe o quão pessimamente escrevem (no caso do Facebook e Instagram, digitam, claro). Observe que acham, do alto de suas ignorâncias, que são o suprassumo da inteligência, por serem “oposição ao genocida”. Sim, aqui a minha vergonha alheia chega ao ápice.

Não bastando passar vergonha apenas mediante a decrépita ilusão de ser um crítico político, eles buscam, uma vez idiotizados, salvar o mundo das garras dos racistas, machistas, homofóbicos, misóginos e toda sorte de gente que eles julgam defender de maneira paladina. O problema, entretanto, é que essa trupe enxerga preconceito onde não há absolutamente nada. São apenas lunáticos querendo massa de manobra. E com isso não digo que não há casos de racismo, machismo, homofobia e misoginia. Mas alerto para não sairmos por aí tachando tudo segundo a conveniência da militância – que é o que eles fazem.

Sabendo que a política não daria conta de agregar muitos às suas ideologias socialistas, resolveram convenientemente se autodeclararem defensores de qualquer ala que lhes favoreçam alguma vantagem. É tão verdade que eles não defendem quem eles dizem defender, que logo que algum potencial “cliente/vítima” diz discordar deles, prontamente este indivíduo é aviltado. Se você é negro e discorda do modus operandi de algum movimento racial, logo será criticado. Lembram do Ciro Gomes (PDT) e do seu famigerado “capitão do mato”?

E isso se aplica a todos os outros segmentos militantes. Não basta ser mulher; tem que ser militante feminista (inimiga do “macho opressor e escroto” – leia-se: todos os homens)! Não basta ser gay; tem que ser militante de algum movimento relativo… Nany People, por exemplo, um dia, perguntou para onde seria destinada a verba dos aluguéis dos trios elétricos da parada gay. Logo foi prontamente hostilizada.

A militância atrelada à política foi o bolo da cereja para conseguir ludibriar tanta gente assim. A esquerda conseguiu fazer o indivíduo comum se sentir um profundo conhecedor das ações que agem a vida em sociedade, não mediante o estudo sério dos livros de autores economista e políticos de respeito, mas apenas indo às patéticas manifestações e, para fechar com chave de ouro, ao chegar em casa, ou mesmo na rua – do seu próprio aparelho celular -, postar qualquer tolice com ares de intelectualidade, com alguma hashtag acompanhada por algum “forabozo”, “elenao” ou qualquer outra vergonhosa semelhança que o valha.

Cauby Fernandes é contista, cronista, desenhista e acadêmico de História

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