O plantio de Manga Palmer de Iguatu está apresentando a primeira florada de 2025, com previsão de primeira colheita já para os meses de Junho e Agosto. As colheitas serão em períodos diferentes porque a florada tem variação. Em algumas partes já tem fruto em crescimento, esses já serão colhidos em Junho, nas áreas só com floração a colheita será em agosto.

Iguatu está produzindo Manga Palmer desde o ano de 2020. A produção colhida abastece o mercado local e cidades como Petrolina/PE e Juazeiro/BA. Essas duas cidades do Pernambuco e Bahia estão situadas no limite entre os dois estados, separadas apenas pelo Rio São Francisco, e são reconhecidamente áreas de plantio e cultivo da fruta, mas Iguatu está suprindo seus mercados no período da entressafra.

Em Iguatu o plantio do fruto está localizado numa área de 15 hectares entre as localidades de Tambiá e Jenipapeiro, zona rural do município. A água para o cultivo vai de poços profundos nas margens do Rio Jaguaribe. Mas pelo volume abundante de chuva da quadra invernosa o plantio está sendo diretamente beneficiado.

A área de produção é alimentada por um sistema de irrigação por gotejamento através de micro aspersor, utilizando água de poços da bacia do Jaguaribe. A água é distribuída automaticamente e o sistema é programado para ligar e desligar sozinho, evitando o desperdício. Toda a área de cultivo contempla 7 mil pés do fruto.

César Nascimento, gerente de produção informou que em dezembro de 2020 foi feito o primeiro plantio. Em setembro de 2024 foi organizada a primeira colheita da produção em cerca de 3,3 mil pés com 100 mil quilos. Em Janeiro ocorreu a segunda colheita, com cerca de 150 mil quilos.

O proprietário da área de produção, Francisco Barbosa, conhecido por Marcone, empresário do segmento de postos de combustíveis foi incentivado a investir na produção de Manga Palmer por um amigo, Josivaldo, que já acumulava experiência adquirida num importante centro produtivo fruticultor na região de Petrolina.

César Nascimento explicou que na fase adulta um pé de Manga com carga máxima pode produzir até 200 quilos do fruto. Segundo ele, a primeira ideia era exportar a produção para fora do Brasil mais a queda no preço impediu a venda e a produção acabou abastecendo a região de Iguatu, casas de polpa, supermercados, distribuidores e o excedente  está indo para Petrolina, Pernambuco e Juazeiro da Bahia. Essas cidades distribuem para outros mercados.

Ainda de acordo com o gerente nas fases de colheita a empresa responsável pela produção contrata em média de 06 a 07 pessoas para trabalhar, mas com outras pelos menos dez vagas abertas. A dificuldade para encontrar mão-de-obra disponível vem se tornando um empecilho para quem precisa contratar, numa atividade que existe prazo para executar os serviços, por exemplo a colheita de um fruto, que não sendo feita no tempo certo pode maturar e perder valor de mercado.