Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, 2, os servidores públicos municipais de Iguatu, por decisão coletiva, deflagraram greve geral diante de um novo impasse com a Prefeitura. A paralisação foi motivada pelo descumprimento do acordo de pagamento da folha de dezembro de 2024, firmado em janeiro deste ano em audiência no Ministério Público.
Segundo a gestão municipal, um novo bloqueio judicial nas contas da Prefeitura inviabilizou o repasse da segunda parcela do salário de dezembro, que deveria ter sido quitado nesta semana. A administração pediu mais 20 dias ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu (SPUMI) para efetuar o pagamento, alegando dificuldades financeiras agravadas pelo bloqueio.
A presidente do SPUMI, Saionara Fernandes, se posicionou nas redes sociais sobre a decisão da categoria. “A greve dos servidores(as) municipais de Iguatu está deflagrada. Não podemos aceitar mais retrocessos. A gestão rompeu um acordo firmado no Ministério Público, um compromisso fruto de diálogo e luta. Esse descumprimento é um desrespeito não apenas aos trabalhadores, mas também às instituições e à população de Iguatu que depende dos serviços públicos funcionando com dignidade”.
O acordo, firmado no início do ano, previa o pagamento parcelado dos salários de dezembro de 2024 a todos os servidores, com exceção da educação. A primeira metade foi quitada, mas a segunda parcela segue em aberto. O sindicato classifica o não cumprimento como uma quebra de palavra da administração e anunciou que novas mobilizações estão sendo planejadas.
Resposta
A paralisação deve impactar diretamente serviços essenciais em diversas áreas do município. A Prefeitura, por sua vez, não detalhou os motivos do bloqueio judicial, mas informou que está buscando soluções para o impasse financeiro e pretende manter diálogo aberto com o sindicato.
Nas redes sociais, o prefeito Roberto Costa Filho (PSDB) comentou o novo impasse. “Não será possível fazer o pagamento da segunda parcela do salário atrasado de dezembro. Dívida da última gestão. Assumimos o compromisso, honramos a primeira parcela, mas infelizmente com esses novos bloqueios, o pagamento se torna inviável. Estamos trabalhando para resolver a situação, e em breve, vamos conseguir fazer o pagamento do que está atrasado”, disse.
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