Passado pouco mais de um ano, desde o início da pandemia, em março do ano passado, que o setor hoteleiro, não diferente de outros setores, ainda enfrenta dificuldades para se reerguer.  O segmento espera com a retomada gradual da economia a volta dos hóspedes. Cerca de 90% das pessoas que se hospedam na rede hoteleira em Iguatu são representantes de empresas, médicos, professores, profissionais liberais. Mas, de acordo com levantamento junto ao setor local, a taxa de ocupação caiu em mais de 60%. Muitos apartamentos estão desocupados.

Antes da crise desencadeada pela pandemia do novo coronavírus, a ocupação chegava a 100% com frequência. “Para se ter uma ideia, a gente tinha ocupação total de terça a quinta-feira. Agora a gente não chega a ocupar nem a metade dos apartamentos nesse mesmo período. Estamos nessa luta há mais de um ano”, lamentou Elenilton Lopes, empresário.

Empresários alegam que o setor foi um dos mais afetados pelas altas cargas tributárias e a falta de incentivos e benefícios governamentais para manter o negócio nesse momento de crise. “A realidade é que a gente tem sido muito prejudicado. Temos tentado nos manter de pé, mas na realidade tem sido muito difícil. As empresas, principalmente as micro e pequenas empresas, não vão conseguir se levantar sem o apoio governamental. Até porque quem sustenta os governos somos nós, cidadãos, empresas, através dos nossos tributos. Então é hora de o governo retribuir”, ponderou Lopes.

Vacina, descontos e segurança

A expectativa para o setor é que haja uma vacinação em massa, para que assim voltem a acontecer reuniões, eventos, convenções e o próprio turismo volte a registrar uma maior movimentação, para que haja uma reação mais positiva para o setor. “A vacinação está muito lenta. Se agilizassem mais rapidamente, estariam mais imunizados e com certeza os casos iam diminuindo”, declarou o padre José Wallace, diretor administrador do hotel Diocesano.

Enquanto essa realidade não acontece, apelo vai para descontos e promoções; estratégias para atrair os hóspedes.  Além disso, os cuidados com a higienização dos espaços foram redobrados. Nos hotéis e pousadas, corredores, quartos e áreas externas passam por limpeza sanitária. “Eu me senti seguro neste hotel. Essa foi a primeira vez que vim aqui a Iguatu, fazer um trabalho, já estou retornando para Fortaleza. E senti segurança em todos os ambientes. Disposição de álcool, tapetes sanitizantes, limpeza em todos os locais. Apesar de a gente ter perdido conhecidos, amigos para a doença e ter pessoas contaminadas em nossa família, a gente tem medo. Mas pelo menos aqui em Iguatu me senti seguro neste hotel”, ressaltou José Carlos Oliveira, engenheiro de manutenção em equipamentos médicos.