Alunas da FECLI lançam coletânea “Interioranas”

27/04/2024

O lançamento da obra “Interioranas – Escritos sobre Literatura”, que conta com textos escritos por alunas da Faculdade de Ciências e Letras – FECLI/ Campus da UECE em Iguatu, aconteceu na noite da quarta-feira, 24, dentro da programação da Semana de Letras. O material é a primeira publicação literária das alunas do curso de Letras – Língua Inglesa e suas respectivas literaturas, da FECLI.

O material foi selecionado no XII Edital das Artes e representa não apenas a excelência acadêmica das estudantes, mas também o florescimento de suas vozes criativas. Sob a orientação e organização das professoras Sara Benvenuto e Isabela Damasceno, com a colaboração da aluna Carla Serafim, o projeto ganhou vida. A ideia inicial era das vozes sobre a expressão e vivência literária através das alunas do curso de Letras. Para a professora Sara Benvenuto, este é um momento de celebração e reconhecimento do talento e da dedicação das alunas e alunos, que agora compartilham diretamente da FECLI/UECE suas reflexões literárias com o mundo. “Eu e a professora Isabela Damasceno começamos as revisões, a curadoria dos textos, as seleções dos textos. A aluna Carla Serafim topou o desafio de propor um edital, o XII Edital Ceará das Artes, fomos contempladas com um valor que pelo menos permitiu que a gente conseguisse produzir de forma mais digna esse trabalho. Então foi isso que nos possibilitou começar o trabalho efetivamente. Isso há dois anos. Desde então, feito esse trabalho até hoje, conseguimos nesse meio tempo a parceria da Editora da UECE, EdUECE, que foi fundamental porque nos deram a possibilidade de trabalhar como o texto acadêmico, com editoração, para nós era novo. A gente fazia muito trabalho na área audiovisual, mas esse era um trabalho que eu tinha que fazer, porque também sou professora universitária e pesquisadora, mais ainda não tinha conseguido”, pontuou Sara, destacando também a primazia que foi conseguida nessa obra desde a seleção de textos, edição, editoração, capa, tudo. “Eles conseguiram fazer uma edição maravilhosa. Trabalhar com texto acadêmico, enquanto alunos de graduação, enquanto a gente está formando esses alunos para a escrita, pesquisa, a gente está tentando fazer com que eles compreendam os caminhos da pesquisa científica, do fazer literário”, declarou, afirmando que o desafio foi superado tanto para organizadoras e alunas.

Protagonismo

A jovem estudante Carla Serafim, que aceitou o desafio de fazer parte da organização da obra, falou desse momento, da experiência, do proveito de todas as etapas até receber o material pronto. “Começou pela Sara Mabel, chamando o pessoal para fazer alguns ensaios em algumas disciplinas dela. Alguns alunos se interessaram e mandaram seus textos. Depois participamos do Edital da Secult de incentivos as artes, trabalhamos também com a EdUece, então foi muito importante todo esse processo. Em versão de livro, esse foi meu primeiro trabalho publicado, mas temos outros trabalhos nas áreas do audiovisual, teatro, acessibilidade, então esse é mais um caminho que estamos enveredando. Tá sendo um grande alivio ter esse livro em nossas mãos, porque foi um grande trabalho muito árduo. Trabalhar com escrita é muito complexo. Então quando temos ele físico em nossa frente, é muito gratificante. É muito importante esse protagonismo de escrever, produzir, é muito gratificante”, disse.

Ainda de acordo com Sara Benvenuto, as parcerias e empenho das alunas foram importantes para o resultado. “Outra aluna importante destacar é Eveline Soares, que fez um trabalho muito bonito, parte de secretaria, tem dois textos publicados. Além do presente que ganhamos nessa publicação que tem a identidade visual do artista Pedro Orlando, que nos deu de presente a capa, que é o céu de Iguatu, é um céu como nenhum outro. Esse projeto traz essa concretização. Esse livro tem também uma coletânea de artigos, ensaios e resenhas, diferentes alunos, em diferentes períodos da literatura. A gente queria também celebrar isso. Espero que esse livro seja atemporal. Ele tem tanto físico como digital e áudio book com audiodescrição. Tem uma versão lida pelos próprios alunos autores. Tem um trabalho de acessibilidade junto a esse livro, que é uma parceria com o Letra A, que é grupo de tradução do interior.”, acrescentou Benvenuto.

Pesquisa no interior

Em meio a tanto talentos, a professora da UECE, Socorro Pinheiro, recebeu a missão de prefaciar a obra e ressaltou que além da responsabilidade se sentiu feliz em participar desse marco na história da universidade no interior cearense. “Um projeto muito bem elaborado. Eu fiquei muito feliz com o convite e ao mesmo tempo me sentindo com uma responsabilidade muito grande para prefaciar a revista, no caso, tem um material muito denso. Então era também um desafio pra mim. Mas, foi uma alegria, momento muito prazeroso, escrever, ler o material todo e fazer esse prefácio, pra essa revista organizada pelas professoras Sara Mabel, Isabela Damasceno e pela aluna Carla Serafim. Uma importância muito grande por ser um trabalho majoritariamente escrito por mulheres e isso mostra o compromisso político e social das organizadoras desse material”, disse.

“A partir do título, observo o olhar cuidadoso das organizadoras para essa revista que dá o nome interioranas para mostrar que no interior nós também fazemos pesquisa, e pesquisa de boa qualidade. Trazer esse nome já traz esse reflexo todo, esse olhar para o que temos aqui na FECLI, campus da UECE”, complementou Socorro.

Ainda de acordo com a professora, outro ponto que se destaca “é que as organizadoras abrem uma possibilidade dos nossos alunos escreverem, porque não é fácil alunos da graduação, pós-graduação publicarem em revistas acadêmicas porque são muito fechadas, essas revistas. Então elas criaram um instrumento muito importante para dar oportunidade para essas alunas e alunos escreverem seus artigos, suas pesquisas. E são artigos de muita riqueza, de muita criticidade, porque as próprias organizadoras estiveram presentes na construção desses textos. Então tem esse compromisso político, social, por trazer as vozes dessas mulheres e também das nossas alunas”, finalizou.

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