Ciência com Café

02/04/2021

Os investimentos em conhecimento geram os melhores dividendos“.

Benjamin Franklin

Quando se determina o fim de uma pandemia?

A pandemia da COVID-19 nos tirou a paz, a relação social, o bem-estar e até mesmo o que temos de mais precioso: a vida. A primeira pandemia do século XXI se uniu ao grupo de grandes surtos que afetaram a saúde global, como a peste negra, a varíola, a gripe de 1918, a AIDS e a H1N1. Observe que nenhuma dessas doenças hoje representa uma ameaça. A varíola, por exemplo, foi completamente erradicada. Mas quando podemos determinar o fim da pandemia do coronavírus? Ciência com Café traz essa resposta que não é uma utopia, e sim, um sopro de esperança.

Quais objetivos devem ser alcançados para sairmos da emergência da saúde?

Uma “dolorosa interrogação”? Não! A maneira mais clara e fácil de decretar o fim de uma pandemia seria se não houvesse mais circulação do vírus. Em março, apenas 14 países ou territórios ao redor do mundo estavam livres da COVID-19, entre eles, 12 ilhas. Mesmo com as vacinas e o início da imunização, o objetivo de interromper as cadeias de transmissão ainda parece muito distante, pois, além disso, novas cepas continuam a surgir, o que pode reduzir a eficácia dos imunizantes. Porém, o uso amplo de vacinas pode contribuir para alcançar uma imunidade coletiva, também conhecida como “imunidade de rebanho”. Haja vista que, quando uma grande parte da população torna-se imune ao vírus, a circulação dentro da comunidade reduz drasticamente. Segundo cientistas britânicos, isso seria alcançado quando aproximadamente 60% a 70% da população produzir resposta imune após a vacinação.

Haverá surtos de COVID-19?

Sim! Assim como há surtos de gripe. Mas já há medicamentos e tratamentos em desenvolvimento para que possa tornar o vírus menos mortal. Na prática, os números de infecções, internações e óbitos pela infecção não seriam mais considerados uma emergência sanitária. “Trocando em miúdos”, um artigo da revista The Atlantic estima que a doença estará suficientemente sob controle quando perdermos menos de uma centena de pessoas por dia. Espera-se atingir níveis de infecção controláveis e, com o vírus se tornando cada vez menos grave, é possível atingir um equilíbrio em que este patógeno não seja tão ruim para a maioria das pessoas.

Quantos meses ou anos?

Um artigo publicado na revista Science, usou um modelo matemático para reproduzir a propagação do vírus e estimar quanto tempo ainda viveremos em emergência de saúde pública, o que seria necessário um limiar de um ano a dez anos para a doença se tornar endêmica. Entretanto, como a Ciência agiu em tempo recorde no desenvolvimento de imunizantes, a pandemia da COVID-19 terminará em menos de dois anos. Isso faria com que a crise da COVID-19 fosse ligeiramente mais curta que a gripe espanhola – que não surgiu na Espanha –, a pior pandemia do século XX, que perdurou entre 1918 e 1920. Porém, é preciso que esteja claro que 2021 é um indivíduo que usa máscara, metaforicamente falando. Portanto, façamos nossa parte quanto ao uso de máscara, isolamento social e, VACINE-SE! Ao término, aproveitar-se-á do novo normal.

Elton Brasil da Costa, Engenheiro Eletricista da VERTIV, EUA

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