Eleição para mesa diretora da Câmara divide aliados e une oposição

03/12/2022

As chapas que vão disputar a mesa diretora na Câmara Municipal de Iguatu (CMI) foram definidas, diferente de cenários anteriores, quando o comum era apresentação de chapa única. O que antes parecia um campo de indefinição, a disputa interna para o biênio 2023/2024 se desenha ser uma das mais acirradas dos últimos anos.

Nesta sexta-feira, 2, configurou-se o que garante ser um novo desenho do legislativo entre oposição e situação do parlamento local. Primeira protocolada, a Chapa 1 se coloca na cena política como independente e conta com o apoio da base parlamentar liderada pelo deputado Agenor Neto (MDB), oposição ao grupo governista.

Com um total de oito vereadores, o grupo ainda busca mais coalizões para vencer as disputas internas. A formação tem Sávio Sobreira (PDT) na presidência, Rafael Gadelha (PSD) como vice, e Rubenildo Cadeira (Republicanos) na secretaria geral.

Base governista

A base de governo segue até o momento com nove parlamentares. Para a formação da Chapa 2 prevaleceu a vontade do vereador Ronald Bezerra (Republicanos) com sua experiência de seis mandatos consecutivos, que destoou dos concorrentes na corrida interna para presidir o parlamento. Acompanham-no na formação Marconi Filho (PDT) na vice, e na secretaria geral Bandeira Jr. (PSD).

Os bastidores evidenciam que, mesmo afastado, por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o prefeito Ednaldo Lavor (PSD) teve peso na decisão da escolha dos nomes. Eliane Braz (PSD) sua esposa, antes presidente da CMI e hoje no posto de representante do executivo já finda o segundo mandato na presidência não podendo mais concorrer.

Instabilidade

O município vivencia um período de instabilidade política desde outubro quando os gestores eleitos, prefeito e vice, foram afastados de seus cargos. A decisão ainda cabe recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde é tentado um efeito liminar. O fato pode trazer mais surpresas e mexe diretamente com o legislativo.

Saiba mais

Na quinta-feira, 1, foi estipulado que os grupos protocolem em 10 dias antes do dia da eleição as chapas – compostas por presidente, vice e secretário – que devem disputar os cargos de maiores visibilidades dentro do parlamento. Segunda-feira, 5, será o prazo limite de apresentação ou mudança nas formações das chapas.

A eleição para renovação da mesa foi designada para as 10h do dia 15 de dezembro por meio de votação nominal e aberta, no plenário do poder legislativo. A apuração será feita por dois escrutinadores, pertencentes a diferentes bancadas, designados pelo presidente, sendo que logo após a apuração será declarada eleita a chapa vencedora, com posse em 1° de janeiro de 2023. Em caso de empate, será declarada eleita a que for encabeçada pelo candidato a presidente com mais idade.

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