A cidade de Iguatu terá após 58 anos uma representação da cidade na Câmara Federal. O fato é que a cidade não tem representação naquela casa desde Adahil Barreto quando foi parlamentar no período de 1951 a 1964. A partir de terça-feira, 15, Nelho Bezerra (PROS) assume uma cadeira no congresso. Suplente, ele toma assento do seu correligionário Capitão Wagner (PROS) que se licencia do cargo.

Há 22 anos na vida pública, o político se coloca como liderança da Região Centro-Sul do Ceará. Nelho Bezerra já disputou oito eleições. Em 2018, pela primeira vez, tentou uma vaga no Legislativo Federal, somando 12.506, terminando como suplente. Entre 2000 e 2016, o político disputou todas as eleições para o cargo de vereador de Iguatu pelo PSDB sendo eleito em seis delas. No decorrer de sua trajetória já contribuiu como secretário de esportes.

No parlamento, o político promete estar alinhado ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). No cenário local se coloca como oposição ao atual Governo do Estado bem como crítico no nível municipal. O político promete levar pautas de interesse do município e garante que já tem projetos a protocolar.

Propostas

O período em que Nelho ficará em Brasília-DF será de três meses. Ele assegura que será tempo necessário para deixar sua marca. “Quero cumprir agenda como deputado em Iguatu e nas cidades vizinhas. Quero sugestão de todos. Vamos fazer de um dia um ano. Quero levar a discussão do desemprego, suscitar o debate de uma faculdade pública de Medicina. Reconsideramos a taxa da banana e a criação de uma UPA veterinária. Na área da saúde, vamos lutar por um hospital traumatológico. Não se cabe uma cidade do tamanho de Iguatu não termos uma unidade de referência. Somente no ano passado perdemos seis crianças por não termos uma UTI Neo Natal”, afirmou.

O político espera ter uma agenda com o presidente da república. “Na vida temos que ter posição. E na vida política exige muito mais. Presidente é um homem exemplo, e gere o país em meio a um cenário de pandemia e de guerra na Europa da melhor maneira. É um político que preza a família. E o melhor: não temos corrupção”, disse.

Eleições 2022

Em ano de eleição, Nelho aguarda definição de seu líder político Capitão Wagner para migrar de sigla nesse período de janela partidária. O militar e político se coloca como oposição ao atual grupo político do estado e deve migrar ao União Brasil. “Estamos juntos nesse processo. Os investimentos do estado são desleais com a maioria dos municípios. Só há recursos para quatro cidades: Crato, Juazeiro do Norte, Sobral e Fortaleza, dos 184 existentes. Ele só nos traz areninha. Precisamos mudar esse quadro”, afirmou.

A nível local, Nelho opta por não se posicionar diretamente a gestão local, porém critica o fato de o prefeito Ednaldo Lavor (PSD) não ter concedido o percentual do piso do magistério na íntegra aos profissionais. “Pertenci ao grupo de Agenor Neto (MDB) como todos sabem, e apoiei Ednaldo nessa eleição para prefeito. Mas sou da escola de Hildernando Bezerra, meu perfil é diferente dos que hoje se acirram”, disse.

Em ano de eleição em que já se desenham outros nomes na cidade para postular vaga na Câmara Federal, Nelho já antecipa sua pré-candidatura. Ele também prospecta o final da temporada na capital nacional. “Sei da responsabilidade. Quero terminar com a sensação de dever cumprido e dando o meu melhor. Mas isso é o povo que vai dizer. Quanto às eleições, tem espaço para todos. Vamos à luta quando for o momento”, disse.