Hoje tem “Neci” no Galpão da Cia Ortaet

03/05/2024

A primeira apresentação deste ano no Galpão da Cia Ortaet/PAC do espetáculo “Neci” acontece hoje, sábado, 4, a partir das 19h30, com ingresso inteira apenas R$ 20,00 e a meia entrada somente R$ 10,00.  A bilheteria vai ser aberta uma hora antes. É interessante chegar cedo e garantir um assento porque há limitação de público.

Na manhã de ontem, sexta-feira, 3, nossa reportagem acompanhou o ensaio da atriz Betânia Lopes, que interpreta Neci. A expectativa para a trupe é de uma grande participação do público, isso porque Neci é um sucesso, depois de apresentações fora, a velha ‘desbocada’ Neci volta a pisar no galpão. “Sempre causa uma expectativa muito grande, no dia da apresentação. Tem aquele nervosismo, aquela expectativa que sempre tem. Desde já convido o público a vir prestigiar essa grande história, Neci. Comer os bolinhos de caco e tomar café”, pontuou Betânia Lopes, convidando o público a prestigiar e valorizar a cultura local.

O espetáculo de cenário simples se passa dentro da cozinha de Neci, enquanto ela faz os preparativos para tomar café e comer bolo de caco, tudo preparado diante do público. Ela vai proseando e cuidando da cozinha. “Neci é uma senhora à frente de seu tempo. Ela não fica calada, está com 86 anos. É uma senhora que realmente está sempre à frente de seu tempo”, afirmou a atriz que dá vida à personagem, que na vida real ainda está na ativa, no Sítio Barroso II, em Quixelô.

Além do humor, a peça passa para o público diversas temáticas: direitos da pessoa idosa, violência contra mulher, violência contra o público LGBTQiA+. “É uma grande honra. É um trabalho que a gente já vinha sonhando há muito tempo. Na verdade a minha infância, eu já observava Neci contar as histórias, a forma como ela anda, como falava e fui colhendo e contando no grupo, mas sempre Aldenir dizia que iria virar uma peça de teatro. E acabou virando. Recebi no dia do meu aniversário, essa peça de presente”, contou Betânia.

Aparece em cena somente Betânia, mas nos bastidores tem muita gente envolvida para que tudo saia conforme foi planejado e ensaiado. “Eu não conseguiria fazer esse trabalho sem eles. Sem Aldenir Martins, José Filho, além da companhia Ortaet, Marcos Bandeira, que está na técnica, César que fez o trabalho na mesa que desmonta toda. Ele também fez a luz. Eu sou muito orgulhosa por esses meninos, pela companhia Ortaet, e o Ortaet é isso”, concluiu Betânia.

Presente

Aldenir Martins é a dramaturga que escreveu a peça baseada nos relatos ao longo de muitos anos de Betânia Lopes, que sempre falava de Neci. “Eu tenho uma ligação muito grande com José Filho, que dirige a peça. Trocamos muitas ideias, que partiram dele, a engenharia toda, proposta cênica, objetos para fazer de uma cozinha como forma de encenação, partiu dele. Os próprios objetos, que só engrandecem ainda mais o espetáculo”, pontuou, afirmando ainda que “É interessante que quando a gente está dentro do espetáculo, não é uma cozinha qualquer, mas a gente lembra das nossas avós, lembra de uma tia, daquele lugarzinho que a gente consegue sentir o cheiro do meio rural. “Não tem como a gente não se emocionar com Betânia, ao longo desse tempo essa dramaturgia que nascia não só das narrativas dela, mas da própria leitura de corpo que ela fazia de contar a história. Essas observações criaram o que hoje é Neci. Traz o imaginário da Betânia, seu corpo e as narrativas. Então foi um presente para todo mundo, inclusive para mim mesma”, declarou.

Resistência

A Companhia Ortaet de Teatro, com 25 anos de história, de estrada e de cultura em Iguatu, é referência no fazer teatro, além de ser símbolo de resistência diante de tantas faltas que sofre o setor cultural. “De fato, é uma luta constante que nós temos, muito prazerosa, mas é árdua, é difícil dar continuidade pelas inúmeras dificuldades que a gente tem, mas o que contribui muito é o nosso amor pela arte, pelo teatro, por acreditar que também a arte possibilita a profissionalização desse lugar. É dentro dessa crença, do poder de transformar, de contribuir fazer desse lugar o que tem sido ultimamente, um lugar também de gritar, de denunciar, de querer provocar a sociedade, através de várias questões que são abordadas em cada espetáculo que a gente traz, a gente propõe. Isso nos anima muito. Essa forma diferente, forma artesanal de dizer o que a gente pensa sobre a nossa cidade, nosso lugar, sobre o que está acontecendo também no mundo. A gente se sente muito bem em fazer isso”, concluiu Aldenir, agradecendo também o apoio e parceria do público.

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