Richard Lopes completa 35 anos de história no rádio cearense

07/10/2023

Richard Lopes Rodrigues, nascido aos 24 de março de 1974, filho de Francisco Rodrigues Nunes, (in memoriam) e Rita Lopes de Paula, completou recentemente 35 anos de rádio, todos vividos com intensidade na reportagem policial. Iniciou no rádio como redator, operador de áudio e posteriormente apresentava reportagens policiais na Rádio Vale do Salgado AM, de Lavras da Mangabeira, em 1988, cuja emissora tinha uma sucursal em Icó. A rádio hoje migrou pra FM, passando a ser Rádio Vale do Salgado FM.

Na época, durou uns dois anos na cidade de Icó e a sucursal foi desativada. Todo início foi apenas com 14 anos de idade. Quando o estúdio de Icó foi desativado, Richard Lopes, com o DNA de rádio, não teve outra alternativa. Diariamente se deslocava para Lavras da Mangabeira para fazer reportagens policiais no Jornal Salgado, na época de maior audiência na região e em estados vizinhos, e no final da tarde regressava para Icó, sua terra natal.

Com seu estilo único e inusitado de narrar os fatos policiais soletrando, Richard Lopes despertou atenção e por conta da credibilidade, ainda aos 14 anos, começou a falar na TV. Todos os domingos participava do Ceará Caboclo, que tinha à frente Carneiro Portela, com informações policiais. Posteriormente, passou a ser correspondente do Sistema Verdes Mares, rádio, jornal e TV, como o Diário do Nordeste, Rádio Verdes Mares e da TV Diário, nos programas policiais Rota 22 e Comando 22. “Na TV Diário foram longos anos de participações. A TV era a sensação naqueles anos, pois o sinal era captado a nível nacional pela parabólica e já estava sendo concorrente até da poderosa Globo”, lembra Richard Lopes.

“Infelizmente, a TV Diário saiu da parabólica bem como os programas policiais foram extintos”, declarou. Hoje Richard Lopes é correspondente da TV Band Sat e TV União de Fortaleza, no programa Ferreira Aragão. Ele é filiado ao Sindicato dos Radialistas e Publicitários do Ceará e sócio da ACEJI – Associação Cearense de Jornalistas do Interior.

 

Boas lembranças

Depois do ciclo encerrado na Rádio Vale do Salgado até início dos anos 90, surgiram emissoras FMs na cidade de Icó, e Richard continuou na comunicação, tendo passagens marcantes pela Icó FM, Brasil FM, e hoje apresenta, há mais de 10 anos, o programa Patrulha Policial na Papagaio FM,97,5, é levado ao ar de 12h20 a 13h40, recordista em audiência na região.

Segundo ele, o programa não tem contraindicação, é para todo público, até às crianças viraram ouvintes. Ele também teve, após a sua passagem pela rádio Vale do Salgado de Lavras da Mangabeira, estágio na Rádio Dragão do Mar AM de Fortaleza, que hoje se tornou FM e com outro nome. O estágio foi marcante, segundo ele. “Durou cerca de duas semanas e tive o prazer de conhecer e trazer reportagens policiais para o Programa Mão Branca, de Chico Taylor. Na Dragão do Mar, me deslocava cedinho na unidade móvel da emissora com o repórter policial Mincharia para o IML, que ficava na Avenida Leste Oeste da capital, para saber do plantão e de lá fazer o flash diário das manhãs para o programa Mão Branca. Infelizmente, Mão Branca e Mincharia já faleceram. Só tenho boas lembranças”.

Outro degrau na vida profissional foi no início dos anos 90, já era correspondente da Rádio Difusora de Cajazeiras na Paraíba, no programa Boca Quente, e foi convidado para apresentar o programa.

No Boca Quente esteve à frente cerca de três meses e também deixou seu legado e até hoje é correspondente da emissora. Recentemente, em seus 35 anos de reportagens policiais, diversos policiais mandaram mensagens para o programa Patrulha Policial da Papagaio FM, falando do jeito de ser e viver de Richard e da colaboração que ele sempre prestou e continua com os órgãos de segurança.

Sentinela

O radialista lembra que, aos 14 anos, quando estava iniciando no rádio, levava livros e cadernos para delegacia, onde estudava a lição para fazer na escola e apresentava o programa policial Ronda Policial, na Rádio Vale do Salgado de Icó.

“Dormia muitas vezes na delegacia, na expectativa de aparecer alguma exclusividade e acompanhava com meu gravador de pilhas de fita K-7 s rondas pelas madrugadas com os policiais, no inesquecível camburão”.

Perguntado sobre ameaças no início da carreira, o inusitado repórter policial disse que aparecia uma aqui e outra acolá, e foi se acostumando.

Como a sua vinheta de abertura propriamente diz: é um verdadeiro sentinela. Pela madrugada, já se encontra na redação da emissora preparando o programa do dia seguinte. Hoje, é também correspondente do site Miséria e Jornal A Praça de Iguatu. Continua, aos 49 anos de idade, no rádio, fazendo o que mais gosta com muita maestria e, segundo ele, daqui a uns 15 anos dá para dá uma parada e escrever a própria história. Questionado do rádio de hoje e o de ontem, foi curto e grosso: “Já não se faz rádio como antigamente, por paixão e vocação, muitos entram no rádio hoje em dia, apenas por pura vaidade e para ter visibilidade”.

Segundo Richard, antigamente, mesmo tendo DNA no rádio e vocação, era difícil trabalhar numa rádio, era uma loteria, a concorrência. “Infelizmente, as rádios AMs estão desaparecendo”, lamentou.

Sobre Rádio AM e FM, revelou que preferia trabalhar numa AM e não queria dez FMs, “porque o padrão de uma AM pulsa emoções de uma sensação de rádio padrão”, finalizou.

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