Sem os bravos professores

Escravos do pó de giz,

Não teríamos doutores

Nos engenhos do país.

 

Não tenho muito saber,

Mas, o pouco, agradeço;

O que pude aprender

É algo que não tem preço.

Devo muito à educação,

Por isso meu coração

Lhe tem infinito, apreço.

 

Desde “meus tempos de criança”

Ouvia “Mariazinha” se queixar

De problemas que tinha nas finanças

Por viver a lecionar.

Sabemos que houve melhorias,

No entanto, muitas Marias

Ainda ensinam por amar.

 

Tecermos os elogios

Merecidos pela docência

É um grande desafio,

Requer muita competência.

Só Jesus, como orador

Alcançaria o valor,

Fazendo-lhe deferência.

 

Trago minha reverência

Com a voz da gratidão,

Em modesta eloquência

Dita com o coração.

No intuito de agradecer,

Vindo a público, reconhecer

Essa nobre profissão.

 

Não adianta dar flores;

Quero dizer: tão somente!

Porque nossos professores

Merecem melhor presente.

Apoio, amor, gratidão e respeito,

E que recebam por direito

Um salário condizente.

 

Que o governo seja coerente

E valorize a profissão,

Reconhecendo que o docente

É um dos xis da questão.

Assim alcançará notas altas,

Corrigindo suas faltas

Nos três níveis de gestão.

 

Que o Decreto Federal

De um nove meia três

Não seja meramente formal

E pratique a honradez.

Não adianta a data reconhecer

E na manhã seguinte esquecer

O valor que têm vocês.

 

Andei longe da importância

Que tem o preceptor,

Pois seria redundância,

Dar nota dez ao senhor.

O que fiz como aprendiz

Foi cobrar deste país,

Mais respeito ao professor.

Viva o Professor!

Viva a Educação!

Salomão Becker (1948).”Em educação, não avançar já é retroceder”

“O Brasil não tem feito, corretamente, seu dever educacional; ainda assim quer obter notas altas no ranking mundial. A culpa não é dos educadores. Esse problema é nacional. Precisamos avançar para o PISA deixar de nos pisar”. Murilo Barroso