A bondade e o respeito estão conosco

12/09/2020

Estava a ler uma crítica no tocante à esquerda, sobre como ela tomou para si alguns preceitos, outorgando como detentora da benevolência, da defesa aos menos favorecidos e, sobretudo, da diversidade. E isso me inspirou a escrever esta crônica, pois essa ideia é bem quista nesse meio e a direita pouco ou nada faz para desmistificar essa máxima.

Para começar, a ideia de que a esquerda é compreensiva já é de início, uma mentira deslavada. Esteja entre eles e verá que isso não é verdade. Eles aceitam apenas os seus. São hipócritas, fingidos e desonestos – não é à toa que Nelson Rodrigues chamava-os de canalhas.

Seu ponto forte reside em utilizar os conceitos acima supracitados para manobrar os seus adeptos e simpatizantes indecisos. Se o amigo leitor for um conservador clássico, estará em maus lençóis (a menos que seja como eu, que não dou à mínima para o que, covardemente – o que não é de se admirar – comentam pelas costas); logo lhe darão nomenclaturas batidas como: machista, fascista, homofóbico, etc, etc…

Reputo insignificantes tais atitudes pueris, portanto, não chegam a me incomodar, haja vista que tenho mais o que fazer do que dar ouvidos a estultícias ‘‘mimizentas’’que não valem a menor das atenções. Prefiro, ao invés disso, ler um bom livro, beber cerveja e fumar charuto com os meus amigos (que também – dirão – são machistas escrotos!).

Essa gente vive em um mundo ilusório – o do futuro inalcançável -, e não vivenciam o presente, que pensam estar desconstruindo. São revolucionários socialistas em um estado decrépito e banal. Vestem suas roupinhas vermelhas pensando-se paladinos. Ora, meu caro leitor… Se não for um deles, cuidado, certamente será aviltado e tentarão rebaixa-lo ao mais baixo nível da razão humana, pois não suportam a diversidade que não as que eles cultuam.

Portanto, se quer agradá-los, não seja conservador; haja como uma dama, nunca como um homem de verdade; seja ressentido com o mundo; ande em bando, nunca só; seja, em suma, um idiota com dialetos mais idiotas ainda, e vá idiotizar o planeta com sua revolução que não serve nem para aprender a arrumar sua própria cama.

Quando leio frases como: “O Viagra fez mais pela humanidade do que 200 anos de marxismo”, do Pondé, penso que eu não poderia ser outra coisa que não conservador. Concordo com o João Pereira Coutinho quando disse “Minha personalidade não me permitiria ser outra coisa”. O fato é que a personalidade molda o nosso caráter. Mas, em certos grupos, ocorre exatamente o contrário: é a plena falta de caráter quem forma grupos como este.

Ele não detém verdade, bondade e nem respeito universal por ninguém que esteja fora do seu campo de visão ideológico, como dizem. É um engodo, é um embuste, é uma esquerda cafajeste… Só isso, nada mais.

Cauby Fernandes é contista, cronista, desenhista e acadêmico de História

MAIS Notícias
O Conservadorismo de Michael Oakeshott
O Conservadorismo de Michael Oakeshott

‘‘Assim, ser conservador é preferir o familiar ao desconhecido, preferir o tentado ao não tentado, o facto ao mistério, o real ao possível, o limitado ao ilimitado, o próximo ao distante, o suficiente ao superabundante, o conveniente ao perfeito, a felicidade presente...

Supressão da liberdade de expressão
Supressão da liberdade de expressão

  ‘‘Se nós não acreditamos em liberdade de expressão para pessoas que detestamos, nós não acreditamos em liberdade de expressão.’’ - Noam Chomsky   Há pouco tempo (no início do mês abril) falei, aqui, neste importante periódico, sobre a espiral do silêncio,...

Conhecendo a boa música, o rock! (parte I)
Conhecendo a boa música, o rock! (parte I)

O ano era 1992 (eu acho), quando, ao ouvir uma fita K7 (de artistas diversos) que minha mãe escutava enquanto lavava roupas, me deparei com uma canção de um sujeito que eu gostei bastante. Aos dez anos, não sabia o que era estilo musical, portanto, sertanejo, pagode,...

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *