Ciência com Café

29/01/2021

“Talento é 1% inspiração e 99% transpiração”.

Thomas Edison

“E lá vamos nós!”

Estimados (as) Leitores (as), após um hiato temporal, Ciência com Café retoma suas atividades quinzenais neste prestigioso jornal. Com quinze textos publicados no ano de 2020 – mesmo diante de todas as adversidades –, Ciência com Café possui uma média aritmética de 350 visualizações no portal do jornal A Praça. Curiosamente, o sétimo texto alcançou a marca de quase 20 mil visualizações – não seria justo fazer uso desse número no cálculo da média –, o que é um generoso raio de alcance. Para este ano de 2021, “vamos dobrar a meta”. Começaremos com a importância da ideia súbita e do empenho na pesquisa científica.

A importância da inspiração e esforço na pesquisa científica

Thomas Edison, o inventor da lâmpada elétrica, afirmou que “talento é 1% inspiração e 99% transpiração”. Se esse pensamento estiver realmente correto, as grandes descobertas científicas são fruto de muito esforço, enquanto os lampejos de genialidade são muito raros (insights, em inglês). Por exemplo, Albert Einstein, mesmo com uma mente com alta capacidade de abstração para experimentos mentais, trabalhava todo o tempo na Teoria da Relatividade Geral e assim o fez até os últimos minutos de sua vida. “No frigir dos ovos”, há um ponto de suma importância que nem sempre é notado e está por trás desses insights: grandes descobertas científicas levam anos, talvez até décadas de trabalho, no problema que levou à inspiração. Ou seja, os lampejos de genialidade surgiram depois de muita árdua dedicação.

Voltando ao mundo dos mortais

Minhas pesquisas científicas vão desde o estudo de sensores ópticos, até o desenvolvimento de sistemas computacionais para predição de doenças via algoritmos de inteligência artificial. Inicialmente, foi preciso escolher a área em que eu realmente gostaria de me dedicar, pois motivação é fundamental. Em um segundo momento, não menos importante, a seleção de livros, artigos e uma profunda revisão da literatura relacionada ao tema em estudo é de crucial importância, haja vista que é preciso questionar o que já foi descoberto já que “o cientista tem que questionar sempre”, como disse Neil de Grasse Tyson em Cosmos – perceba que até o momento há muita ação e basicamente nada do filme “Uma Mente Brilhante”. Logo após de estudar com profundidade um tema e (re)produzir alguns experimentos importantes, estaremos aptos para o próximo passo: os questionamentos.

Façam questionamentos com “dolorosas interrogações”

É primordial organizar as ideias e fazer a pergunta certa que queremos investigar. Dessa maneira, a pesquisa científica será desenvolvida a partir de uma pergunta e uma hipótese. Obviamente que eu não posso deixar de sugerir o caderninho de anotações no seu bolso, já que o laureado do Nobel da Física de 2020, Roger Penrose, teve o lampejo da ideia premiada ao atravessar uma rua em Londres, em 1964. Após 50 anos de muito estudo e pesquisa, sua teoria provou a possibilidade da existência de buracos negros – não se esqueça de atravessar a rua na faixa de pedestre e olhar para ambos os lados. Porém, mesmo que não cheguemos a uma grande descoberta que vá revolucionar a Ciência, como a de Newton, aproveitemos a caminhada. Aprender é muito divertido!

 

Iguatuense, formação em Engenharia Elétrica com ênfase em Eletrônica pela UFCG e Yonsei University, Coreia do Sul – Engenheiro Eletrônico da Freehand Engineering, EUA

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