Entrevista – Dom Geraldo Freire Bispo Diocesano de Iguatu

19/08/2023

No último dia 6 de agosto, completou o 1º ano da posse do novo bispo da Diocese de Iguatu, Dom Geraldo Freire. Sobre como tem sido este primeiro ano na Terra da Telha, em sua missão como novo bispo, sua adaptação à região e desafios enfrentados, Dom Geraldo conta em entrevista exclusiva ao jornal A Praça

A Praça – Qual a avaliação que o senhor faz do seu primeiro ano à frente da Diocese de Iguatu?

Dom Geraldo – Faço uma avaliação positiva do meu primeiro ano de pastoreio nesta querida Diocese de Iguatu. Foi uma agenda intensa para conhecer com maior brevidade todos os municípios, paróquias, quase-paróquias e áreas pastorais. A receptividade do povo de Deus na visita do bispo foi sempre muito calorosa, respeitosa, festiva. Em pouco tempo já me sentia parte integrante da comunidade. A acolhida dos padres, seminaristas e agentes de pastorais me incentivou na rápida adaptação.

A Praça – O senhor já conseguiu se adaptar totalmente à região?

Dom Geraldo – Posso afirmar com convicção que me sinto adaptado à realidade do povo de toda a região. Eu não conhecia nenhum município que faz parte da diocese. Acho que foi bom para não criar nenhuma expectativa antecipada.

A Praça – Quais têm sido os maiores desafios que o senhor tem enfrentado, no âmbito do trabalho na Diocese?

Dom Geraldo – Os maiores desafios da Diocese estão no campo da Evangelização. Uma extensa área territorial, a área geográfica está dividida em sete zonais para facilitar os trabalhos pastorais, temos desafios no trabalho com a juventude, integrar os movimentos e pastorais numa ação conjunta. Temos muitas áreas pastorais, distritos, com a presença de sacerdotes que precisam ser melhor estruturadas.

A Praça – Como é a forma de Dom Geraldo administrar? O senhor é um gestor muito exigente, ou mais moderado? Sua equipe já está alinhada com sua maneira de trabalhar?

Dom Geraldo – A minha maneira de administrar é sempre dialogando com os padres, conselhos, movimentos, pastorais, serviços. Temos caminhado bem. Esse modo de trabalhar, às vezes, demora mais para se chegar a conclusão dos projetos, mas é o caminho para soluções mais saudáveis. Temos que exigir aquilo que é dever de todos. Acho que os diversos conselhos formados na minha gestão já estão descobrindo como é que costumo encaminhar as decisões.

A Praça – O senhor montou uma agenda de visitas para conhecer as cidades da região que integram a Diocese? Como foi a receptividade das pessoas para com o senhor?

Dom Geraldo – Logo depois da minha posse, dia 6 de agosto, comecei a visita as cidades que compõem o território da diocese, no segundo semestre há muitas festas de padroeiros, aproveitei para ter esse contato com o maior número de fiéis. Foram muitas carreatas, caminhadas da entrada da cidade até a igreja matriz. Foram muito gratificantes esses momentos.

A Praça – A fé é uma manifestação muito particular de cada ser humano. Mas como o senhor observa a fé dos povos do Centro-Sul?

Dom Geraldo – Cheguei aqui, vindo de uma cidade muito fervorosa na religiosidade, Arapiraca-AL, e não tive dificuldade de entender e conviver com o jeito do cearense do centro sul. O povo gosta muito do bispo, tivemos pastores zelosos nesta diocese, fazem questão de aproximar-se do pastor para pedir a bênção, abençoar objetos, fazer uma oração na cabeça. Demonstra uma fé muito pura.

A Praça – Um bispo também tem suas metas? Quais são as metas de Dom Geraldo para os próximos 04 anos, até o senhor completar meia década gerindo a Diocese de Iguatu?

Dom Geraldo – A preocupação do bispo para estabelecer diretrizes para a evangelização já está definida pela Igreja que é ensinar, governar e santificar o povo de Deus a ele confiado. Portanto, as metas da diocese são aquelas decididas pelos bispos na colegialidade (Assembleia da Conferência Episcopal), depois refletidas na Assembleia Diocesana, levando em conta as realidades de cada diocese.

A Praça – Dom Geraldo tem hábitos e preferências comuns? Gosta de futebol, sabe cozinhar? Gosta de ir ao shopping, ao cinema, à praia, saborear um bom prato, aproveitar um pouco de lazer, fugindo um pouco da rotina e formalidades da vida bispal?

Dom Geraldo – Sou muito caseiro, gosto de futebol, sei cozinhar o básico, gosto de dirigir, gosto de conviver na simplicidade, gosto do lazer, descanso, tenho dificuldades para me desligar dos trabalhos.

 

 

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